sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Metalinguagem às avessas
Ato I
masturbe a poesia!
faça com que ela goze:
sem rimas,
sem ritmos,
sem razão,
totalmente descompassada.
faça do texto
construção profana
sintaticamente pelada.
Ato II
vírgulas embriagadas!
pensei em dizer,
com palavras pouco eufemísticas,
a verdade escondida na palavra.
usei mecanismos eficientes,
apostei todas as fichas,
mas no final fiquei na pista das pontuações
etéreas,
venéreas,
fáceis
e mastiguei minha opinião.
Ato III
bandido que sou
ejaculei longe
das praias da lógica literária
e fiz um poema com minha própria mão
fr
2012
#poesia canibal
©
Assinar:
Postagens (Atom)