laços, papéis e rachaduras
O outro e eu
domingo, 27 de janeiro de 2013
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Metalinguagem às avessas
Ato I
masturbe a poesia!
faça com que ela goze:
sem rimas,
sem ritmos,
sem razão,
totalmente descompassada.
faça do texto
construção profana
sintaticamente pelada.
Ato II
vírgulas embriagadas!
pensei em dizer,
com palavras pouco eufemísticas,
a verdade escondida na palavra.
usei mecanismos eficientes,
apostei todas as fichas,
mas no final fiquei na pista das pontuações
etéreas,
venéreas,
fáceis
e mastiguei minha opinião.
Ato III
bandido que sou
ejaculei longe
das praias da lógica literária
e fiz um poema com minha própria mão
fr
2012
#poesia canibal
©
terça-feira, 11 de setembro de 2012
sábado, 30 de junho de 2012
segunda-feira, 11 de junho de 2012
Ao visitar o túmulo da Cinderela
um doce para o sorriso
necrofágico dela.
uma árvore abrigando
passarinhos,
em diversos ninhos,
não afastou o tumor no cérebro...
ela despencou como uma fruta sem cura.
e eu que tanto chorei
surgi com mil braços e pernas;
e com as mãos carreguei a terra,
as mesmas que anunciaram a guerra
e calçaram tão fúnebres sapatinhos.
um doce para o sorriso
necrofágico dela.
uma árvore abrigando
passarinhos,
em diversos ninhos,
não afastou o tumor no cérebro...
ela despencou como uma fruta sem cura.
e eu que tanto chorei
surgi com mil braços e pernas;
e com as mãos carreguei a terra,
as mesmas que anunciaram a guerra
e calçaram tão fúnebres sapatinhos.
domingo, 3 de junho de 2012
I
no carrinho multimídia
coloridos holofotes e
hologramas retardados
de peixes mais ainda
II
aquários em 3D
com bichinhos esquipáticos
picham almas robóticas
com suas canetas hipnóticas
conectadas à internet
III
nano bactérias são como
peixes tecnológicos
e podem ajudar na
criação de computadores
IV
informações são tão potentes
que nos transformam em robô.
no ciclo menstrual demente
eu me torno gente
a partir da conjugação entre
a tecnologia e o amor
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Como dói
Mais e mais troféus do que ideias
Para acompanhar as pretensões do mundo.
Mais e mais percevejos do que páginas
Para enfeitar janelas e cães.
Mais e mais pastilhas para dor do que ações
Ou palavras verdadeiras.
Na casa de um vidente principiante,
Acompanhado de um refresco barato,
Vejo o mundo pelo lado errado.
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